LOUCURA

COMO ME TORNEI LOUCO (Texto do escritor Khalil Gibran) Me perguntas como me tornei um louco. Foi assim: Um dia, muito tempo antes de muitos Deuses terem nascido, despertei de um sonho profundo e notei que todas as minhas máscaras haviam sido roubadas - as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas. Corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: "Ladrões, ladrões. Malditos ladrões !” Homens e mulheres riam de mim e alguns corriam com medo para suas casas. Quando cheguei a praça do mercado, um menino trepado no telhado de uma casa gritou: "Você é um louco". Olhei para cima para vê-lo. O sol brilhou pela primeira vez em meu rosto descoberto. Pela primeira vez o sol beijava meu rosto nu, e minha alma se encheu de amor pelo sol, e nunca mais desejei minhas máscaras. Assim me tornei um louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha própria loucura. A liberdade da solitude e a segurança de não ser compreendido. Pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

Escolhas

Tudo na vida nos impele a fazer opções: que roupa vestir, que filme assistir, qual marca de perfume usar, etc...E não é diferente com nossa vida sentimental,. As vezes dizemos que o amor é cego,MENTIRA, o amor ve além do que a limitação que nossos olhos exergam, quando estamos envolvidos, apixonados visualizamos um ser multidimenscional perfeito e que nos completa, encaixando-se perfeitamente onde temos nossas "imperfeições", nos tornado plenos, e de certa maneira, perfeitos. Quando optamos em "investir" em uma relação, só não me tomem por um capitalista afetivo quando digo investir, pois na verdade estamos investindo coisas abstratas: afetividade, devoção, carinho e disposição para o outro, é nesse sentido que estamos investindo, e o "retorno" são todas essas mesmas emoções e sentimentos abstratos que nosso parceiro nos da em troca. Então voltando a opção: nessa decisão de ter esta ou aquela pessoa ao nosso lado, avaliamos, mesmo que de forma romantica e transcendente, o que podemos ter de "lucro" com esse consorcio. 

As opções que fazemos, determinam a trajetoria de todo curso de nossas vidas, e fico muito intrigado quando as pessoas usam a desculpa de que fez algo errado por falta de opção, sempre temos opção, mesmo que seja a opção de não fazer nada, eu sei é uma observçaõ obvia e ate piegas, mas que se olharmos pelo lado da questão que implica em condutas moralmente aceitas, é certamente muito relevante, pois gera um precedente que supoe que tudo é permitido, desde que se pense que não havia outra escolha, e isso é a maneira mais hipocrita de respaldar o "erro".

Hoje escolhi (optei) escrever sobre isso por que acredito que as minhas escolhas no decorrer da minha trajetoria de vida me fizeram querer ser sempre melhor, e que mesmo os tropeços de "escolhas erradas", foram necessarias pra construir o eu de hoje, e esse "eu" acredita que tenha a necessidade de fazer esses questionamentos, e passa-los pra frente e tentar de alguma forma ajudar os outros a pensar nas suas escolhas!!!

Sidney Queiroz